"Esse blog foi editado 2009 e 2017. Não está mais em operação mas segue como arquivo de algumas de nossas reflexões sobre inovação e estratégia."
Gary Hamel, VAGAS e a Gestão Horizontal
nov./2013 Germán | Inovação e Inovadores

VAGAS (www.vagas.com.br) é uma empresa especial. Não somente por ser líder em recrutamento executivo no Brasil, por ter a maior comunidade LinkedIn do Brasil (e a 13º do mundo!) e ter mais de 250.000 fãs no Facebook. A VAGAS é especial porque pratica um Modelo RADICAL de Gestão de Horizontal!!

Na VAGAS não existe hierarquia, é uma empresa sem chefes. As áreas (a empresa está dividida em pequenos times) são responsáveis por contratar e desligar seus próprios colaboradores. Mais da metade dos colaboradores (do total de 150) participa ativamente do Planejamento Estratégico anual que define o rumo da organização, mas sem estabelecer metas, pois na VAGAS não há metas, nem na área de vendas! Toda a empresa segue a metodologia de Gestão Horizontal com o mínimo de controle e máximo de liberdade.

Por este motivo fez todo sentido ter patrocinado Gary Hamel (referência mundial em inovação na gestão) no mais recente ExpoManagement da HSM, e eu tive a sorte de  facilitar uma conversa entre um grupo de pessoas de VAGAS (incluindo o fundador Mário Kaphan) e o Gary Hamel. Foi uma ótima experiência!

Em primeiro lugar, Mário explicou os princípios e funcionamento do modelo de gestão e na sequência Gary Hamel listou uma série de considerações para organizações que têm como objetivo a implementação de um modelo de Gestão Horizontal. Ele realmente deu uma “aula” e eu compartilho aqui com vocês alguns dos principais pontos:

  1. Pequenas equipes – não importa o tamanho de sua organização, sempre crie pequenas equipes – entre 5 e 10 pessoas. Grupos pequenos ajudam a aumentar o nível de engajamento e accountability.
  2. Liberdade para a definir objetivos – as equipes devem ter autonomia para tomar todas as decisões necessárias para cumprir sua missão. Cada grupo deve ter a sensação de estar “tocando seu próprio negócio”.
  3. Muitaa transparência – e visibilidade para o resto da organização. Todos devem ter a possibilidade de “ver” a performance de todos os times o tempo todo. O controle vem da sua volta (seus pares) e não de cima!
  4. Competição saudável – todos devem ter a noção de “querer vencer”. Cuidado quando a liberdade se torna falta de iniciativa ou accountability. É importante que exista equilibrio entre colaboração e competição.
  5. Curto ciclo de feedback – entre performance e recompensa. Tenha certeza que a alta performance dos times e das pessoas seja rapidamente recompensado e reconhecido.

O que você acha? Sua organização está pronta para o Modelo de Gestão Horizontal? 

Hamel+Mario

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *