“Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular.”
Assim começa um dos textos mais interessantes que já li sobre a dificuldade que geralmente temos em verdadeiramente ouvir o outro.
Em seu texto “curso de escutatória”, Rubem Alves nos mostra de forma divertida e implacável como frequentemente as conversas entre adultos não passam de monólogos.
E por que este texto foi escolhido como inspiração para o post? Porque a incapacidade de verdadeiramente ouvir o outro é uma das grandes barreiras ao aprendizado organizacional e, consequentemente, um entrave ao processo de inovação.
Isto porque o aprendizado e a inovação exigem que apuremos todos os nossos sentidos e consigamos perceber as sutilezas do que acontece ao nosso redor. O desenho e a implementação de estratégias é, em última instância, um processo de diálogo entre a empresa e “o mundo lá fora”. Que é também resultado de um constante e intenso diálogo dentro da própria empresa.
Quem quiser ler o texto completo de Rubem Alves, segue o link… (http://www.rubemalves.com.br/escutatorio.htm)
E para todos, fica a reflexão:
- Na empresa em que atuo, ocorrem verdadeiros diálogos, tanto internamente como com o mercado?
- Se ocorrem, estes diálogos estão sendo aproveitados em todo o seu potencial para a geração de aprendizados estratégicos e inovação?
- O que podemos fazer para ampliar os níveis de “escutatória” organizacional?