É curioso, a pesquisa da Mc Kinsey, que eu trouxe há alguns dias, mostra que a inovação depende menos de processos e mais de cultura e confiança, ou seja, parece que ela é, como diríamos no interior, de onde venho, um “bichinho tinhoso”, cheio de “senões”.
A própria pesquisa relata a importância da Confiança, assunto muito bem explorado em artigo do Clemente Nóbrega na revista Época Negócios.
Hoje quero falar de outro “intangível” muito ligado à inovação – A FOLGA.
Em minha vida de consultor aprendi que os meses de Janeiro, geralmente pouco intensivos em projetos, são os meses mais intensos em aprendizagem e descoberta de novas abordagens e assuntos interessantes. Descobri que o que aprendia e inovava em Janeiro – era boa parte do meu repertório do ano todo.
Vejamos o que fala Gary Hamel sobre o assunto em seu livro o Futuro da Administração:
“Na busca por eficiência, as empresas reduziram ao máximo a folga em suas operações. Isso é uma coisa boa. Ninguém pode criticar a meta de baixar os níveis de estoque, diminuir o capital de giro e reduzir drasticamente as despesas gerais. Mas o problema é que se você retira toda a folga operacional de uma empresa, tira também a inovação.”
“A inovação precisa de tempo – tempo para sonhar, refletir, aprender e inventar, e tempo para experimentar.”
Fonte: Hamel, G. – O Futuro da Administração – Campus, 2008 – pg. 51
A questão que se coloca é a seguinte se não queremos deixar de inovar e nem perder a eficiência, ou seja, como diz gary Hamel em seu livro – exercitar mais o E do que o OU, qual a saída ?
O Google nos dá um caminho, bem como a 3M – colocar a folga na agenda e respeitar essa agenda.
Ou seja programe dias de trabalho soltos, para navegar na internet, saber o que andam fazendo no mundo sobre o que vc. trabalha, ler blogs, visitar o slideshare, pode parecer loucura, mas garanto é extremamente estratégico, palavra de quem vem praticando… e gostando !
Muito bom.
Posso reproduzir em meu blog, citando a fonte?
Iomar Cunha
http://www.iomar.blogspot.com
Com certeza Iomar, fique a vontade,
Abraços,
Luis